ATA DA VIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 09-4-2008.
Aos nove dias do mês de abril do ano de dois mil e
oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Guilherme Barbosa, João Antonio
Dib, José Ismael Heinen, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher e
Neuza Canabarro. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Beto Moesch, Dr. Raul, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela
Maffei, Maurício Dziedricki, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Claudio Sebenelo, o Projeto de Resolução nº 009/08 (Processo nº
1368/08); pelo Vereador Dr. Raul, o Projeto de Lei do Legislativo nº 056/08
(Processo nº 2030/08); pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Resolução nº
013/08 (Processo nº 1716/08); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 002/08 (Processo nº 1854/08) e o Projeto de
Resolução nº 018/08 (Processo nº 2046/08); pelo Vereador Nereu D’Avila, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 044, 045, 046 e 047/08 (Processos
nos 1822, 1832, 1833 e 1877/08, respectivamente); pelo Vereador
Sebastião Melo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 037/08 (Processo nº
1397/08). Também, foi apregoado o Ofício nº 223/08, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 019/08
(Processo nº 2130/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
272903, 280275, 280422 e 291525/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib registrou o transcurso,
ontem, do vigésimo quinto aniversário da data de sua posse como Prefeito de
Porto Alegre, recordando sua gestão na Prefeitura. Ainda, elogiou a Sessão
Solene realizada ontem, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Senhor Germano Rigotto, sustentando que as autoridades e os
representantes de entidades comunitárias presentes a esse evento atestaram o
prestígio do Homenageado. O Vereador Dr. Goulart, registrando seu interesse em
integrar a Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, discorreu acerca do
Projeto de Lei do Executivo nº 018/08, que cria o Departamento do Programa de
Saúde da Família. Em relação ao assunto, protestou contra o fato de essa proposição
não ter sido previamente discutida com o Conselho Municipal de Saúde e com os
Senhores Vereadores e apontou possíveis inconstitucionalidades presentes no
referido Projeto. O Vereador Guilherme Barbosa discorreu acerca de problemas
existentes no sistema público de saúde de Porto Alegre, lembrando falhas no
Projeto enviado pelo Executivo Municipal, que regularizava a situação dos
funcionários do Programa de Saúde da Família. Finalizando, questionou a
legalidade da nomeação do Senhor Nelcir Tessaro em Cargo de Confiança na
Comissão de Licitação do Departamento Municipal de Habitação, tendo em vista
sua candidatura a Vereador nas próximas eleições. A Vereadora Maristela Maffei
teceu considerações a respeito das alianças que estão sendo estudadas pelo Partido
Comunista do Brasil com vistas ao fortalecimento da candidatura da Deputada
Federal Manuela d'Ávila à Prefeitura de Porto Alegre, justificando que o PCdoB
está aberto a discutir democrática e respeitosamente as possibilidades de
coligação com quaisquer Partidos que tenham interesse em participar com
seriedade de uma nova gestão para a Cidade. O Vereador Luiz Braz manifestou-se acerca do Projeto de Lei do Executivo nº 018/08, em
tramitação na Casa, que dispõe sobre a criação e organização, no âmbito do
Município, do Departamento do Programa de Saúde da Família – DPSF. Sobre o assunto, solicitou o apoio dos
Vereadores para que sejam efetuadas alterações que aperfeiçoem esse Projeto,
visando à concreta qualificação dos serviços públicos de atendimento médico-hospitalar
a que tem acesso a população porto-alegrense. O Vereador José Ismael Heinen elogiou a gestão do Senhor José
Roberto Arruda, Governador de Brasília, abordando medidas econômicas
implantadas por esse político, bem como ações desenvolvidas na área da educação
pública, como a implantação do turno integral em escolas do Distrito Federal. Além disso, propugnou por melhor
instrumentalização da Brigada Militar, em especial pela contratação de
brigadianos para reforço do policiamento ostensivo nas ruas de Porto Alegre. A
seguir, foram apregoados os seguintes Memorandos: de nº 014/08, de autoria do
Vereador Carlos Comassetto, comunicando sua impossibilidade de representar
externamente este Legislativo, no dia sete de abril do corrente, na solenidade
de posse do Conselho Municipal dos Direitos de Pessoas com Deficiência de Porto
Alegre; de nº 073/08, de autoria do Vereador Sebastião Melo, Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre, informando que na tarde do dia sete de abril
do corrente, Sua Excelência, juntamente com os Vereadores Haroldo de Souza e
Neuza Canabarro, esteve na sede dos jornais “Zero Hora”, “Correio do Povo”,
“Jornal do Comércio” e “O Sul” divulgando o “Fórum Cidade do Futuro”,
programado para o dia de hoje; de nº 012/08, deferido pelo Senhor Presidente,
de autoria da Vereadora Sofia Cavedon, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia
quatorze ao dia dezoito de abril do corrente, na Conferência Nacional da
Educação Básica, em Brasília – DF. Ainda, foi apregoado o Ofício nº
009/08, deferido pelo Senhor Presidente, de autoria da Vereadora Maristela
Maffei, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo,
no dia de hoje, na Audiência Pública que debaterá “A implantação da TV Digital
no Brasil e a inserção do nosso Estado no processo de produção de semicondutores,
componentes e equipamentos para a recepção e transmissão de TV Digital”, às
nove horas e trinta minutos, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande
do Sul, em Porto Alegre; Após, o
Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Senhores Rodnei
Taylor Sezimbra e Júlio Pedro Querotti, Presidentes, respectivamente, da
Associação da Feira de Artesãos do Brique de Sábado da José Bonifácio e da
Associação dos Expositores do Brique de Sábado, que procederam à entrega, ao
Senhor Presidente, de placa homenageando a Câmara Municipal de Porto Alegre. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
prosseguimento, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Beto Moesch,
solicitando parecer da Comissão de Constituição e Justiça quanto à
prejudicialidade do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/06
(Processo nº 3168/06), em face da tramitação do Projeto de Lei do Legislativo
nº 072/04 (Processo nº 1841/04), por vinte e dois votos SIM e um voto NÃO, após
ser encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini, Beto Moesch e
Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo
votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo
de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia e Sofia Cavedon e
Não o Vereador Luiz Braz. Na
oportunidade, o Vereador Luiz Braz manifestou-se, justificando seu voto
contrário ao Requerimento do Vereador Beto Moesch, acima referido. Também, em face de Questões de Ordem
formuladas pelo Vereador João Antonio Dib, o Senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca da alínea “i” do § 3º do artigo 94 do Regimento,
referente à deliberação, pelo Plenário, de Requerimentos solicitando consulta à
Comissão de Constituição e Justiça, e, em face de Questão de Ordem formulada
pela Vereadora Sofia Cavedon, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos
acerca do teor do Requerimento do Vereador Beto Moesch, anteriormente aprovado.
Em continuidade, o Senhor
Presidente registrou as presenças, neste Plenário, de alunos e dos Professores
Flávio Dal Pozzo e Maria Fátima Kerber, do Projeto Pescar, da Companhia de
Processamento de Dados do Município de Porto Alegre – PROCEMPA
–, que
comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de
Visita Orientada, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Ainda, o Vereador Professor Garcia
manifestou-se, registrando a eleição da Senhora Dejanira Chagas Bernardo,
funcionária deste Legislativo, como Vice-Presidenta do Conselho Estadual dos
Direitos da Mulher. Às quinze horas e vinte minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões
Permanentes, sendo retomados às quinze horas e trinta e cinco minutos,
constatada a existência de quórum. Na ocasião, o Senhor Presidente informou a
retirada da priorização da Ordem do Dia da presente Sessão do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 012/06 e do Projeto de Lei do Legislativo nº
007/06. Em Votação, foi rejeitado o Projeto de Resolução nº 040/07, por quatro
votos SIM e dezesseis votos NÃO, após ser encaminhado à votação pela Vereadora
Maria Celeste e pelo Vereador José Ismael Heinen, em votação nominal solicitada
pela Vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, João
Antonio Dib, José Ismael Heinen e Luiz Braz e Não os Vereadores Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João
Bosco Vaz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza,
Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Sebastião
Melo e Sofia Cavedon. Às quinze horas e cinqüenta e dois minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinqüenta e
seis minutos, constatada a existência de quórum. Na oportunidade, o Senhor Presidente
informou que seria reaberta a discussão do Projeto de Resolução nº 063/05,
possibilitando-se, dessa forma, a apresentação de Emendas a esse Projeto pelos
Senhores Vereadores. Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 251/07, por vinte e
dois votos SIM, após ser discutido pela Vereadora Sofia Cavedon e pelo Vereador
João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza,
tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Beto Moesch,
Carlos Todeschini, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Meneghetti,
Maurício Dziedricki, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia e Sofia
Cavedon. Após, foi apregoada a Emenda
nº 04, de autoria da Vereadora Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT, ao
Projeto de Resolução nº 063/05. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento de
autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando que a Emenda nº 04,
aposta ao Projeto de Resolução nº 063/05, fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução nº 063/05 e a
Emenda nº 04 aposta. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador
Marcelo Danéris, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da votação do Projeto
de Emenda à Lei Orgânica nº 005/02. Em continuidade, o Senhor Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão,
estiveram os Projeto de Lei do Legislativo nos 180/07, discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib, Margarete Moraes e Guilherme Barbosa, 039,
020/08, este discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Guilherme Barbosa, e
036/08, discutido pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador Carlos
Todeschini, os Projetos de Lei do Executivo nos 016 e 017/08,
discutidos pelos Vereadores João Antonio Dib, Carlos Comassetto, Guilherme
Barbosa e Carlos Todeschini. Às dezesseis horas e quarenta e um minutos,
nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião
Melo, Carlos Todeschini e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador Ervino
Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Exmo
Sr. Presidente dos trabalhos, Carlos Atílio Todeschini; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, há 25 anos, na data de ontem, eu assumia a Prefeitura de Porto
Alegre. Foi, sem dúvida, o encargo mais difícil, eu passei a ter
responsabilidade de ser Prefeito, depois de Telmo Thompson Flores e Guilherme
Socias Villela, num momento em que a inflação passava dos três dígitos: no
primeiro ano de Administração da Prefeitura, tive uma inflação 211% e, no
terceiro ano, de 235%. Naquela época eu dizia que o Prefeito era o
administrador da escassez, e, usando os servidores municipais, na maioria da
Secretarias, eu consegui realizar algumas coisas boas, mas não vou citar as
obras realizadas, porque não é esse o caso. Apenas quero registrar que, no dia
08 de abril de 1983, Villela deixava a Prefeitura, e eu a assumia.
Tenho
37 anos de Câmara Municipal de Porto Alegre como Vereador, muitas vezes saí
para ser Secretário de Obras, Secretário de Governo, Secretário dos
Transportes, Diretor do DMAE. Mas ontem, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, assisti aqui a uma Sessão Solene que considero extraordinária. Eu
nunca vi, ao longo dos 37 anos em que aqui estou - e estou permanentemente
presente na maioria das Sessões Solenes de outorga de Títulos -, nada parecido
à homenagem de ontem. Um homem que foi
Governador do Estado, não é mais Governador do Estado, refiro-me ao
ex-Governador Germano Rigotto... Aqui estavam todas as classes sociais, todas
as entidades, Senador, o ex-Governador Alceu Collares, Deputados Federais,
Deputados Estaduais, Vereadores, Prefeitos, a
coletividade, a comunidade, até a UAMPA estava presente. Realmente confesso que
tal prestígio, uma pessoa que não está ocupando nenhum cargo, que não tem
nenhum cargo para distribuir, eu não tinha visto.
Em 2003
o Governador Germano Rigotto esteve presente à solenidade de entrega do Título
do Senador Pedro Simon; foi concorrida, sim, a solenidade, sem dúvida nenhuma,
mas não foi igual a de ontem. Não havia lugares na Câmara ontem para aplaudir a
iniciativa do Ver. Sebastião Melo, que outorgou o Título de Cidadão de Porto
Alegre ao ex-Governador Germano Rigotto. Fiquei muito contente, evidentemente,
porque ele merece, ele é uma pessoa séria, responsável, competente, dedicado.
Ontem disse que ele não tinha perdido a simplicidade, apesar de ter adquirido a
majestade, e essa simplicidade o conduziria a caminhos para resolver problemas
da nossa Pátria. Agora ele está empenhado na Reforma Tributária, assunto que
ele conhece perfeitamente, já demonstrou isso, como Deputado Federal, como
Líder do Governo na Câmara Federal, ele demonstrou a sua capacidade, seus
conhecimentos.
Fiquei
contente também porque o ex-Governador Germano Rigotto estudou no mesmo ginásio
em que estudei, em Caxias do Sul, no Colégio Nossa Senhora do Carmo, portanto
acho que meu ginásio estava sendo também homenageado ontem. Como acontece com
todos que aqui estão, o ginásio em que estudamos sempre fica no nosso coração,
e o meu está no meu coração. Eu achava o ginásio maravilhoso, bom. Claro que
tenho saudosas memórias daquele colégio, daquele ginásio onde passei minha
adolescência. Depois vim para o Colégio Júlio de Castilhos e também guardo na
minha memória com muito carinho os três anos em que convivi com colegas que
hoje ocupam posições destacadas e com outros de posições não tão destacadas,
mas todos gente muito boa. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente,
Ver. Todeschini; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queria
cumprimentar o Ver. Beto Moesch, que está chegando à Casa, e dizer que eu tenho
um pouco de ciúme dele porque ele entrou direto na Comissão de Saúde, da qual
eu gostaria de estar fazendo parte, mas não posso fazer parte neste momento -
vou dar um jeito para fazer parte, Vereador. Preciso do seu empenho político. E
o assunto é Saúde, e, mesmo sendo da base do Governo, nós temos que manter
coerência nas apresentações para que seja sempre acreditado, principalmente por
aqueles que nos elegem como fiscais.
Gostaria de falar que entra, vindo do Executivo, um
Projeto para o Programa Saúde da Família. E eu queria louvar a parte boa, a de
que Governo de Porto Alegre está interessado, como um dos primeiros no Brasil,
em botar nos quadros da Prefeitura os Agentes Comunitários de Saúde, os médicos
e os técnicos em Saúde. Esse serviço é um dos primeiros no Brasil, porque em
todo o Brasil existe uma associação que faz convênio com as Prefeituras e emprega
o pessoal da Saúde para essa área de Saúde da Família. Essa área é muito
importante em qualquer Governo, porque esses são aqueles funcionários que
trabalham oito horas na comunidade, resolvendo 80% dos problemas, evitando que
sejam encaminhados para os especialistas, reduzindo a 20% o encaminhamento, a
15%, a 17%.
E o que eu quero contestar do meu Governo é o fato
de não ter recebido o Projeto antes para dar palpite... Ah, isso eu não posso
contestar, como vou ficar brabo pelo fato de a equipe de Saúde não ter mandado
para mim, que sou um dos representantes da Saúde aqui? Disso eu não posso
reclamar, nem me atrevo, mas, com relação à que a matéria passasse pelo
Conselho Municipal de Saúde, eu preciso dizer que ela deveria, sim, ter
passado. Seria incoerente da parte de um Vereador, mesmo sendo da base do
Governo, sendo um fiscal da Saúde, não entender que o Conselho de Saúde
Municipal, mesmo atrapalhado, mesmo atrapalhadíssimo, não seja respeitado na
instância da discussão desse fenômeno. E aí o que acontece? Na hora de conversar com as massas, que querem
resolução para esse processo, a gente pode ficar atrás, porque parece, e conta
a oposição, que o Projeto é eivado de inconstitucionalidade. Como eu não o
recebi antes, não pude estudá-lo, não pude pedir para o meu gabinete estudá-lo,
e eu acho que precisávamos receber... A Bancada do PTB é a maior Bancada do
Governo! A maior Bancada do Governo, neste momento, nesta Casa, é a do PTB, e
ela precisa receber o Projeto para que ele seja estudado, para que, quando a
oposição alarmar que ele está errado, a gente possa contrapor ou corrigi-lo.
Há
uma coisa que me chamou a atenção no Projeto: o fato de só poderem entrar
pessoas até 40 anos. Só podem exercer a medicina, a enfermagem pessoas com
menos de 40! Pobre de mim, que farei 61 anos agora dia 29! Eu não estaria
exercendo a medicina, com a dedicação que exerço, há 21 anos! Eu estaria fora,
e o meu melhor momento de cirurgia, o meu melhor momento de diagnóstico é
agora, aos 60 anos! A cirurgia que faço é, provavelmente, a melhor, desde que
eu tinha 40 anos! E eu não entendo isto: que a idade só pode ser até 40 anos!
Então, como o Governo não conversou comigo, e eu me achava importante dentro do
sistema, como a minha Bancada... E o Ver. Nilo Santos faz dele as minhas
palavras, que são usadas por ele também neste momento. Eu tenho que ficar
perplexo. O Programa Saúde da Família é uma jóia que nós temos na Saúde e temos
que tratar isso com todo o carinho, temos que ter a coragem de colocar como
função de Estado...! Medicina de Família tem que ser carreira de Estado! Agora,
se vai ser CLT, ou se vai ser estatutário, isso é uma discussão que nós podemos
fazer aqui. Eu, como estatutário do Hospital Presidente Vargas, agora
licenciado, ganho um salário que é um quinto do salário que eu ganho no
Hospital Fêmina, como CLT! Então nós podemos discutir isso. Eu não sei se CLT é
ruim para os trabalhadores, talvez não seja, mas agora, que a gente limite o
tempo, que a gente não discuta com o Conselho Municipal de Saúde, isso eu tenho
que trazer como disposição e preocupação da Bancada.
A
Bancada é governista, mas ela é, antes de tudo, do povo! Ela é, antes de tudo,
dos trabalhadores; é, antes de tudo, da Saúde, que deve ser o segundo Partido
de cada Bancada aqui: “PT/PS; PTB/PS; PDT/PS; PMDB/PS...” e os outros todos
“PS”. O que é que quer dizer PS? Post escritum? Não, Partido da Saúde.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; colegas Vereadores e Vereadoras, demais
pessoas que nos acompanham, o tema trazido pelo Ver. Dr. Goulart também é um
assunto que nós gostaríamos de abordar. Já no ano passado, tivemos uma
importante crise na Saúde do Município, quando houve a troca da entidade que,
junto com a Prefeitura, gerenciava o Programa Saúde da Família. Foi uma
situação traumática, perderam-se muitos dias naquele processo, uma entidade
nova foi contratada, houve questionamentos sobre essa entidade paulista, sem
experiência e com questionamentos em outros Estados. Mas, enfim, andou o
processo, e foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério
Público para resolver a questão, e o Município ficou obrigado, por esse TAC, a
encaminhar à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei para absorver, de uma forma
definitiva e estável, os funcionários do Programa Saúde da Família. E o prazo
era o final de março.
Então,
o Executivo mandou o Projeto. E nós, quando fomos examinar, Verª Maria Luiza,
recebemos um susto pela forma com que o Projeto foi construído e pelo seu
conteúdo também: não houve discussão nenhuma com as entidades abrangidas pelo
Projeto de Lei; não se conversou com nenhum dos Sindicatos que acolhem as várias categorias;
o Projeto não foi levado ao Conselho Municipal de Saúde, que não conhecia e não
conhece o Projeto. No Município, o Conselho é o órgão que tem a palavra final,
além do Executivo, é óbvio, e do Legislativo, mas que discute a política de
saúde da Cidade. E agora nós também ficamos sabendo, pela fala do Líder do PTB,
que uma das Bancadas de apoio ao Governo não conhecia o Projeto. Além da
questão do processo inadequado, autoritário, sem debater e conversar com
ninguém, o Projeto vem cheio de inconstitucionalidades explícitas, inclusive já
temos parecer da auditoria da Câmara, que reforça essa posição. Uma delas - é
incrível que um item como esse seja colocado no Projeto de Lei - estabelece
idade máxima para contratar as pessoas, para as pessoas serem absorvidas pelo
Executivo. Idade máxima! Isso é um dado comezinho que qualquer estudante do
primeiro semestre de Direito sabe que a Constituição Federal proíbe. Pois está
no Projeto, assim como outras questões muito discutíveis, como recriar, no
âmbito do Município, servidores celetistas. Portanto, estamos com a posição de
que o Governo deve resolver o problema, porque o Projeto é muito ruim, está
completamente equivocado.
Por último, aproveito para fazer uma denúncia em
relação ao que está no Diário Oficial de ontem. O ex-Diretor do DEMHAB, Sr.
Nelcir Tessaro, que saiu na data prevista para concorrer a Vereador, foi
nomeado - vejam o escândalo - CC do DEMHAB novamente, burlando a lei eleitoral,
para atuar onde? Na Comissão de Licitação. Vejam só, o homem que nomeou todos
os outros CCs voltou como CC do DEMHAB, portanto continua dirigindo o DEMHAB,
burlando a lei eleitoral. E onde ele foi parar? Na Comissão de Licitação. Que
perigo! É uma imoralidade! Foi nomeado pelo Prefeito Fogaça, ele propôs uma
coisa dessa, e o Prefeito o nomeou, é uma imoralidade! Precisa ser desfeita!
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente,
Ver. Todeschini; Sras Vereadoras, senhoras e senhores; para
determinadas coisas, realmente basta ler os jornais. Sobre essa questão do
ex-Diretor do DEMHAB é muito simples, como foi dito fora do microfone, é só
acessar o Diário Oficial.
Eu leio o jornal todos dias, às vezes há coisas que
passam, a gente não consegue ler tudo. Mas eu leio muito a coluna da Beatriz
Fagundes, do jornal O Sul, acompanho atentamente, porque ela tem uma posição
diferenciada dos demais, pelo seu viés, todo mundo sabe da sua ligação com
determinados segmentos, isso faz parte da democracia. E eu gostaria de dialogar
com a Beatriz, até porque não consegui falar com ela de uma forma diferente,
queria responder à Beatriz que o Partido Comunista, que tem como pré-candidata
a Manuela, tem dialogado com todos os Partidos. E, para nós, dialogar com o PPS
- para quem não sabe, é sobre isto que ela se referiu nesta semana no jornal -,
dialogar com o PT é um exercício que estamos fazendo no nosso Governo Federal.
Quem diria que sentaríamos com a antiga Arena, com o PDS, com outros... Nós
também amadurecemos, todos os Partidos amadureceram. Agora, o Partido Comunista
não perde seu perfil ideológico por sentar e dialogar com outros Partidos.
Portanto, se o PPS for o vice na nossa chapa, para
nós é um orgulho, mas há uma ciumeira muito grande de alguns setores, que estão
desesperados, porque gostariam de estar fazendo toda essa mobilização. A nossa
candidatura não está colocada se caso isso não ocorresse. Portanto, nós sabemos
que há movimentos fortíssimos em âmbito federal para demover algumas forças que
já estão se aliando à nossa candidatura aqui em Porto Alegre. Então, se existe
uma polarização, essa polarização não vem de nós. Nós queremos governar Porto
Alegre com todos e para todos, sem perder o nosso perfil. É importante que se
diga isso na tribuna e que todos ouçam com atenção, em especial aqueles que
acham que isso não irá ocorrer, porque nós não estamos brincando. O Partido
Comunista tem a legitimidade de colocar sua candidatura como qualquer outro
Partido, seja ele maior ou menor. Isso faz parte da democracia.
Então, por favor, acalmem os ânimos! Nós somos
candidatos! Nós vamos concorrer! E, se o PPS, o PDT, o PTB ou mesmo o PMDB
quiserem discutir a questão de coligações, não há problema nenhum.
(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: A televisão
está orientada, Vereador. Eu agradeço a sua preocupação com esta Vereadora, eu
sei que V. Exª está falando de uma forma amiga, enfim, mas não estou falando
aqui em nome de candidato nenhum, estou apenas falando em nome do meu Partido,
que é o PCdoB, a respeito do que foi escrito por uma senhora que eu respeito
muito, a Srª Beatriz Fagundes, em relação as possibilidades do PCdoB.
Então, quero dizer à Srª Beatriz que se acalme, nós
sabemos resolver nossos problemas internos, estamos tranqüilos para
resolvê-los. Nós não precisamos de lições, principalmente daqueles que já
macularam muito a história dos seus Partidos não só em Porto Alegre, mas em
âmbito nacional. Nós estamos tranqüilos, nós estamos postulando, vamos até o
final, vamos trabalhar até o final para agregar todas as forças que quiserem
compor conosco, assim como respeitamos todas as outras forças, Ver. Ismael, que
se organizam e irão disputar legitimamente. Vamos fazer campanhas tranqüilas,
vamos fazer, dos debates, espaços tranqüilos e responder com a tranqüilidade
necessária. Vamos dar o espaço necessário e também temos que voltar e responder
para a sociedade, para que existam espaços com eqüidade, com tranqüilidade e
com respeito. Tem que se aprender, nesse momento, a palavra respeito. O espaço
não é apenas daqueles que querem se postular, o espaço tem que ser para todos
aqueles que querem postular as suas ambições políticas, partidárias, seja o que
for. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Carlos
Todeschini; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores,
acho que todos nós estamos preocupados com a Saúde em nosso Município. Não
posso discutir a Saúde do Estado e do País, porque, afinal de contas, somos
Vereadores, Ver. João Antonio Dib, então temos de discuti-la aqui em Porto
Alegre.
Sou contrário a que no Projeto de Lei se coloquem
determinadas coisas que vão ser difíceis de serem cumpridas ou que não deveriam
constar nele, porque, na verdade, são questões que não têm nada a ver com a
votação que teremos de fazer aqui para encaminhar melhor o setor Saúde, como,
por exemplo, as críticas que foram feitas aqui pelo Ver. Guilherme Barbosa. Em
relação à parte delas, acho que ele tem toda a razão de fazer, mas não podemos
perder de vista que o Prefeito Municipal está pressionado também, assim como
vamos ser pressionados para resolver, Verª Maria Luiza, o problema dos postos
de saúde. Eu acredito que há somente uma forma no momento, e essa forma não
pode passar, Ver. Aldacir Oliboni, por contratações de funcionários, recebê-los
no quadro por meio de concursos públicos. Nós somos limitados pela Lei
Complementar nº 101, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal, que diz quais são os limites que
devemos obedecer com relação a pessoal.
Ver.
Aldacir Oliboni, a responsabilidade que se tem para administrar os postos de
saúde tem de existir também com as leis que nos regem aqui. Então, o Ministério
Público faz uma pressão que acredito não ser a mais correta, e aí, por causa
dessa pressão, o Prefeito envia para cá um Projeto de Lei que não vai resolver
os problemas dos PSFs. Acho que vamos estar longe de resolver esses problemas.
Vamos ter aqui muita dificuldade na aprovação do Projeto, que veio da forma
como veio. E até acredito mesmo que o próprio Executivo não está contente com o
que mandou, porque, quando mandou para cá, mandou exatamente obedecendo a uma
pressão do Ministério Público. Só que o Ministério Público, infelizmente, está
além daquilo que deveria fazer. O Ministério Público não está, com essa pressão
exercida, defendendo a vontade popular; ele não está falando em nome do povo.
No momento em que ajuda a criar uma celeuma aqui, criando impasses tanto aqui
na Câmara Municipal como também lá no Executivo, ele não está procedendo em
defesa daquilo que deveria defender, que é o bem-estar da população.
Então,
Ver. Aldacir Oliboni, cabe a nós, Vereadores de Porto Alegre, pegar o Projeto
de Lei da forma como ele veio, dar uma resposta ao Executivo, fazendo os
ajustes necessários, mas temos que ter a responsabilidade de que aquilo que nós
fizermos aqui não é para deixar a Administração Fogaça bem ou mal: aquilo que
nós fizermos aqui é para o futuro. Eu não sei quem vai assumir a Prefeitura a
partir do ano que vem, mas aquilo que nós fizermos aqui temos que fazer com a
plena consciência de que não vamos fazer para embretar esta ou aquela
Administração; nós temos dar, realmente, um rumo para que esses PSFs possam
funcionar da melhor forma possível, sem deixar a Administração nos apuros em
que ficou, exatamente por essa pressão sofrida através do Ministério Público.
Então, é uma missão que esta Câmara vai ter, tanto oposicionistas como
situacionistas, uma grande missão, de pegarmos o Projeto e transformá-lo numa
boa lei, porque ele não é um bom Projeto, pelo menos até o presente instante.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, Ver. Todeschini; cumprimento os nobres colegas Vereadores e
Vereadoras, o público que nos assiste. Sirvo-me do noticiário da revista Veja
em que são descritas políticas públicas de diversos Estados brasileiros para
falar neste tempo de Liderança. Ative-me ao Distrito Federal, por lá estar
ocorrendo a Administração do único Governador do Democratas.
O Governador José Roberto Arruda pegou o Distrito
Federal quase como o Estado do Rio Grande do Sul, com um rombo de 750 milhões
de reais, cadastrado no Cadin, não podendo tirar empréstimo pela dívida que
tinha no Governo anterior. Qual foi a política que esse Governador, do
Democratas, usou para, em menos de um ano, fazer com que o rombo desaparecesse,
com o Distrito Federal voltando a ter crédito e com o índice de aprovação do
Governo pela população subindo para 60%? Ele demitiu onze mil funcionários não-concursados,
extinguiu dez mil Cargos de Confiança e, o mais importante, reduziu o número de
Secretarias de 36 para apenas 17, para administrar o Distrito Federal.
Resultado: hoje o Estado já não é mais inadimplente, já está buscando recursos
externos da ordem de um bilhão.
Mas o principal mote da Administração de José
Roberto Arruda é a Educação. Ele iniciou o processo de adoção do tempo integral
nas escolas estaduais. Vejam
os senhores o resultado do ENEM, pontuaram escolas com tempo integral. Hoje é importante
que se aproveite o aluno extracurricularmente em turno integral para outras
atividades. Se em todos os Estados tivesse sido feita essa cirurgia de
despesas, essa cirurgia de mordomias, que foram cortadas, se isso fosse feito
no Governo Federal, teríamos, talvez, o dobro de disponibilidade para
investimento público sem precisar reduzir de 16% para 11% as despesas do SUS e
dos investimentos da Saúde; não seria preciso reduzir na Educação, e não
teríamos essa Segurança caótica que temos hoje.
Quero
me reportar à Verª Margarete, ao que ela colocou na segunda-feira, respondendo
ao meu pronunciamento sobre Segurança, dizendo que eu estava me queixando da
Governadora. Não! A Segurança Pública deste País é responsabilidade de todos, e
responsabilidade maior do Presidente da República. Com tantos Ministérios
criados, Lula fez o inverso do Distrito Federal, de 17 passou para 36 - e lá,
de 36, veio para 17. Só não tem Ministério para aquilo que nós mais precisamos,
que seria um Ministério da Segurança Pública, para que pudéssemos ter mais
receita para a Segurança. Hoje, duas coisas urgentes nós temos que fazer para
salvar a vida dos nossos filhos e também a nossa própria vida: acabar com essa
legislação que faz com que grasse essa impunidade. E quem pode acabar, quem
pode mudar isso aí é o Congresso Nacional, mas lá 70% apóia o Governo Federal.
E
o segundo ponto: hoje estou convencido de que temos que botar o brigadiano no
quarteirão, em cada quarteirão de Porto Alegre, em cada esquina temos que ter
um guarda, sim, senhor! Se isso salvar a vida dos nossos filhos, salvar a vida
dos cidadãos, que se contratem mais mil guardas, mais dez mil, vinte mil
guardas! Porque hoje nós não estamos nos precavendo, não estamos fazendo esse
mutirão ostensivo, além da impunidade, há essas 150 mil mortes/ano que ocorrem
no Brasil, esse número vai se elevar cada vez mais, isso nós sentimos no
dia-a-dia. Então, devemos acabar com a impunidade e, ostensivamente, botar os
nossos guardas a caminhar nos quarteirões novamente, dia e noite. Hoje não
vemos ninguém! A força-tarefa é necessária, mas não só a força-tarefa, não! Ela
também tem que ser esporádica, tem que pegar os bandidos, os malfeitores no
contrapé. Este é o recado: eu acho que a Segurança é responsabilidade de todos
nós - como diz a Constituição do Governo Federal, Estadual e Municipal -,
cidadãos da sociedade brasileira. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregôo
Memorando nº 014/08, do Ver. Carlos Comassetto (Lê.): “Comunico para as devidas
formalidades administrativas que, por motivos alheios à nossa vontade, não
poderemos representar a Câmara Municipal de Porto Alegre na solenidade de posse
do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Porto Alegre,
a realizar-se às 14h30min do dia 07 de abril de 2008 no Salão Nobre do Paço dos
Açorianos”.
Apregôo
Ofício nº 09/08, da Verª Maristela Maffei, solicitando autorização para
“representar a Câmara Municipal de Porto Alegre na Audiência Pública que
debaterá a implantação da TV Digital no Brasil e a inserção do nosso Estado no
processo de produção de semicondutores, componentes e equipamentos para
recepção e transmissão da TV Digital, a ser realizada no Plenarinho da
Assembléia Legislativa, no dia 09 do corrente mês, às 9h30min”.
Apregôo
Memorando nº 73/08 (Lê.): “Informo que, na data do dia 07 de abril último, este
Presidente esteve divulgando nas sedes dos jornais Zero Hora, Correio do Povo,
Jornal do Comércio e O Sul o lançamento do Fórum Cidade do Futuro, que acontecerá
no dia 09 de abril, às 9h30min, no Hotel Blue Tree Millenium. Estiveram
acompanhando a visita o Ver. Haroldo de Souza e a Verª Neuza Canabarro”.
Apregôo
Memorando nº 012/08 (Lê.): “Solicito representar a Câmara Municipal de Porto
Alegre no evento que debaterá Políticas Educacionais em Educação/Conferência
Nacional de Educação Básica, de 14 a 18 de abril de 2008 em Brasília, Distrito
Federal, na condição de delegada eleita. Segue em anexo os documentos sobre a
Conferência. Atenciosamente, Verª Sofia Cavedon”.
Antes
de entrarmos na Ordem do Dia, peço licença ao Plenário e a atenção dos Srs.
Vereadores. Esteve na segunda-feira, lá na Presidência, o Sr. Rodnei Taylor, da
Associação da Feira dos Artesãos do Brique de Sábado, e o Sr. Júlio Pedro
Querotti, da Associação do Brique de Sábado. Os dois estiveram lá com uma placa
para entregar aos Srs. Vereadores. Eu disse: “Srs. Presidentes, se a entrega
não é para o Presidente, e sim para os Vereadores, eu acho que vocês deveriam
comparecer ao Plenário.” Então, eu solicito que os nossos parceiros venham aqui
para frente, para que possamos receber a placa de agradecimento dos nossos
amigos do bairro Bom Fim.
(Procede-se
à entrega da Placa.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Mais uma vez, agradecemos ao Sr. Júlio Pedro,
Presidente da Associação do Brique de Sábado, e ao Sr. Rodinei Taylor,
Presidente da Associação da Feira dos Artesãos do Brique de Sábado, pela
gentileza. Muito obrigado, um abraço a todos os seus associados.
Havendo
quórum, passamos à
O
SR. BETO MOESCH (Requerimento): Sr.
Presidente, por se tratar de um tema que está na Ordem do Dia e que diz
respeito ao PLCL n° 012/06 - antecipo que sou favorável em relação ao mérito -,
estou agora requerendo uma manifestação e análise da Comissão de Constituição e
Justiça, porque um outro Projeto de Lei - de 2004, portanto anterior - que
nunca deixou de tramitar trata do mesmo assunto. Solicito que a Comissão de
Constituição e Justiça analise se os Projetos devam tramitar em conjunto, ou se
deve haver um Substitutivo. Como diz respeito à Ordem do Dia, estou
encaminhando este Requerimento.
O
SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr.
Presidente, parece-me que tenho direito a tempo de encaminhamento em relação à
votação do Requerimento. É isso o que eu solicito.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito
o seu Requerimento, Ver. Beto Moesch, para dar conhecimento do seu teor ao
Plenário. Logo sem seguida concedo, sem dúvida alguma, a V. Exª, Ver.
Todeschini, o encaminhamento.
(Lê.)
“O Vereador que abaixo subscreve vem, respeitosamente, ante V. Exª requerer,
com base no art. nº 94, § 3º, letra i, do Regimento Interno, o Parecer da
Comissão de Constituição e Justiça desta Casa quanto à prejudicialidade do PL
nº 3168/06, com fulcro no art. nº 195, inciso I, pois se trata da mesma matéria
do PL nº 1841/04, de minha autoria.
Sala
das Sessões, 09 de abril.
(a) Ver. Beto Moesch”.
Em
votação o Requerimento do Ver. Beto Moesch. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. Beto
Moesch.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Presidente-Vereador Sebastião Melo, Vereadores, Vereadoras, em especial público
de Porto Alegre que muito deseja e espera pela aprovação deste Projeto: é um
Projeto necessário para se produzir o equilíbrio, a justiça, o bom andamento do
abastecimento de água na Cidade, que, aliás, está em situação bastante crítica
nos últimos três ou quatro dias.
Quero
dizer, Ver. Melo, Ver. Moesch, que vou dar acordo para que seu Requerimento
receba uma análise pela Comissão de Constituição e Justiça, porque entendo não
são Projetos de mesmo teor. Um é a sua proposição, que trata de um grande
projeto, a regulamentação do uso racional da água, das águas pluviais, da água
da chuva e também a medição individual de água no termo genérico; e, de outro
lado, há o nosso Projeto, que é específico, um Projeto de autoria do Ver. Raul
Carrion, com Substitutivo nosso, regulamentando a Lei nº 170, Ver. Nedel.
Entendo que os Projetos não são contraditórios, não tratam do mesmo objeto.
Mas, para o conforto, para o bom debate e para que a Cidade tenha o melhor
retorno, vou consentir, vou dar acordo para que a matéria seja examinada pela
Comissão de Constituição e Justiça. Acho que esta é uma Casa parlamentar; aqui
legislamos, aqui precisamos pensar na Cidade e devemos produzir o melhor. Acho
que essa é uma maneira adequada; nos termos que o Ver. Beto propôs no
encaminhamento, tenho acordo, porque é justo, é democrático, é pertinente a
esta Casa.
O que não é a posição do Governo, pois o Governo -
o DMAE - insiste em não dar acordo para votar este Projeto. Ele envia, na
última hora, um Projeto que é muito ruim, que é um atraso, que é muitas vezes
inferior, por exemplo, àquilo que se conseguiu avançar com o Projeto - que
agora é lei - do Ver. Guilherme Barbosa. O Projeto do Governo é um retrocesso
em relação àquele Projeto. O nosso procurava, a partir do Projeto do Ver.
Guilherme, que é a extensão da medição individual para os condomínios
horizontais e aqueles que têm até três pavimentos, realizar a medição
individual, mas o Governo retrocede em relação a isso! Com o nosso Projeto, nós
pretendemos ir muito além, queremos uma solução inclusive para vários problemas
sérios que o DMAE enfrenta.
Tenho tranqüilidade, Ver. João Dib, de dizer que
eles não são conflitantes; eles são, sim, complementares, porque um dá idéia
genérica do uso racional de água, que é importante, que é algo bem-vindo, e o
outro entra na regulamentação da Lei nº 170, que é uma matéria trabalhada pelo
ex-Vereador Raul Carrion, hoje Deputado, e nós entramos com a experiência que
trazemos da gestão do DMAE. É importante acontecer isso, Ver. João Dib, V. Exª
está bastante aflito aí, porque não pode o DMAE vir a público e dizer, de novo,
coisas como essa.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Questão de
Ordem, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Eu estou em
encaminhamento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Regimento
Interno, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Desculpe-me,
Ver. João Dib, eu não lhe concedi aparte porque estou encaminhando, e neste
período não cabe aparte, estou usando a palavra no meu tempo.
Não vamos fazer aqui como faz o Diretor do DMAE,
que pede que o povo reze para que a água volte. No nosso tempo a gente
trabalhava com um pouco de competência, e a água voltava antes. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, era uma Questão de Ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Agora cabe
Questão de Ordem, meu caro colega Vereador, antes não era possível, porque o
Ver. Carlos Todeschini estava encaminhando.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu pensei que o nobre Ver. Todeschini estivesse encerrado o seu
pronunciamento, por isso pedi Questão de Ordem.
O art. 94, §
1°, diz que cabe ao Presidente despachar, de plano, o Requerimento, e não
tem discussão, era só isso!
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Ver. João
Antonio Dib, informo a V. Exª que não cabe ao Presidente, conforme informações
da Diretoria Legislativa. Nós lhe daremos
maiores esclarecimentos. O Art. 94, § 3°, diz o seguinte (Lê.): “Dependerá de
liberação do Plenário, sem discussão, com encaminhamento de votação nos termos
desta Resolução, o requerimento que solicitar: i) consulta à Comissão de
Constituição e Justiça, de autoria do Vereador”. Está respondido, meu caro Ver.
João Antonio Dib. Muito obrigado.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: O
Vereador tem razão.
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O
Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
de sua autoria.
O
SR. BETO MOESCH: Ver.
Ervino Besson, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, gostaria de
esclarecer aqui o porquê, Ver. Carlos Todeschini, do nosso pedido, Verª Sofia
Cavedon, se permitir que eu explique, para evitar uma nova Questão de Ordem.
Os
Projetos não conflitam - realmente não conflitam, Ver. Carlos Todeschini -,
eles não são contraditórios, mas tratam do mesmo tema, portanto, Ver. Luiz
Braz, um deve ser Substitutivo do outro. Isso está expresso na Constituição
Federal, não é nem no Regimento Interno, está expresso na Constituição Estadual,
que está muito acima do Regimento Interno. E, sabiamente, o Regimento Interno,
no seu art. 94, § 3°, letra i, repete, reforça e objetiva, para esta
Casa, o que está constitucionalmente previsto. Projetos de lei que tratam de
mesma matéria, contradizendo-se ou não - eles não se contradizem, tratam da
mesma matéria -, ou um tem que ser Substitutivo do outro ou há vício de
formalidade, não de legalidade.
Portanto,
para o bem do Projeto de Lei, e sou favorável ao mérito, nós temos que ter,
sim, hidrômetros individualizados na Cidade. Se a Cidade avança há muitas e
muitas décadas, aqui ela está atrasada; nós temos que ter hidrômetros
individualizados. Já existe nesta Casa um Projeto de Lei de 2004 - é de minha
autoria -, ele foi desarquivado em 2005, em 2006 e em 2007, porque não foi
votado, e novamente desarquivado em 2008. Nós não podemos, numa análise
preliminar, permitir isso, este é o motivo do Requerimento: em relação a
Projeto de Lei que trate da mesma matéria, não o contradizendo, mas
repetindo-o, ou se faz um Substitutivo ou se faz um destaque. O meu Projeto de
Lei é muito mais amplo, não basta hidrômetro individualizado para avançarmos na
questão da água na Cidade, temos de ter captação de água da chuva,
reaproveitamento da água. Se são contrários a algo que o mundo inteiro já faz,
que é o uso da água da chuva e o reuso da água, se são contrários - e o Ver.
Todeschini já se mostrou contrário a algo que o século XXI todo já está fazendo
-, que se destaque, então, do Projeto de Lei, o hidrômetro individualizado, que
se coloque em votação. Então, ou é Substitutivo, ou se faz o destaque do
hidrômetro individualizado, que está no Projeto de Lei nº 1841/04. Este é o
Requerimento que fazemos à Comissão de Constituição e Justiça desta Casa.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Questão de Ordem.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, vou reiterar a minha Questão de Ordem, ainda
que o meu correligionário e amigo Beto Moesch já tenha se pronunciado, e já
havia se pronunciado o Ver. Todeschini: não cabe encaminhamento neste caso. É
decidido de plano pelo Presidente.
É
o que está no Regimento, art. 94, § 1º, letra j. E o § 3º diz o seguinte (Lê):
“Dependerá de deliberação do Plenário, sem discussão, com encaminhamento de
votação nos termos desta Resolução, o requerimento que solicitar...” - e aí não
se enquadra a Comissão de Constituição e Justiça. Eu apenas quero que seja
colocada ordem na questão.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Ver. Dib, já foi esclarecida,
anteriormente, a Questão de Ordem de Vossa Excelência. É um Requerimento. Esta
Presidência acha, conforme o Regimento, que cabe encaminhamento, meu caro
colega Ver. João Antonio Dib. Já que alguns Vereadores encaminharam o
Requerimento, o próximo Vereador inscrito para encaminhamento é V. Exª, Ver.
João Antonio Dib.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Nobre Ver.
João Antonio Dib, então está encerrado o encaminhamento ao Requerimento.
Não estava escrito aqui Ver. Luiz Braz, estou
obedecendo a ordem que o Presidente deixou escrita aqui, mas V. Exª é o próximo
inscrito.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento de autoria do Ver. Beto Moesch.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Ervino Besson; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, é difícil falar da tribuna quando a Mesa está tratando de outro
assunto, fica difícil. Você tenta falar para resultar, para ajudar, mas a Mesa
tem que ajudar, porque ou estamos aqui falando para tentar resolver uma questão
ou não vamos resolvê-la.
Sr. Presidente, a Mesa Diretora tem mais do que
obrigação de mandar verificar o que aconteceu no Protocolo, porque essa questão
não deveria estar sendo discutida aqui no Plenário. O Protocolo da Casa tem de
ter um controle; quando uma proposição está entrando, se trata de mesmo assunto
de outra proposição, nós temos o Substitutivo. Não tem cabimento, Ver. Nereu
D’Avila, aqui na Câmara de Vereadores discutirmos algo que o Regimento já
prevê. O nosso Regimento é muito claro.
Lá no protocolo tem que haver um método, um modo,
não acredito que não tenha isso, mas não é a primeira vez que acontece, já
aconteceu com proposições minhas também, elas apareceram aqui no plenário para
serem votadas de forma distinta, quando tratavam absolutamente do mesmo tema,
Verª Sofia Cavedon. Não cabe a nós, aqui no plenário, decidirmos o que vamos
votar primeiro, se é esta ou aquela, porque essas proposições, de acordo com o
nosso Regimento, devem tramitar dentro de um mesmo processo, uma deve ser
substitutiva a outra. E mais: acho que os Substitutivos levam vantagem na hora
da votação, porque o Substitutivo é apreciado primeiro. Todo Substitutivo, para
mim, acaba levando vantagem.
Então, o Protocolo, meu querido amigo Dr. Afonso e
meu querido amigo Presidente Ervino Besson, não pode deixar passar questões
assim para o Plenário. Eu sei que esta Casa, na sua administração, acaba sendo
partidarizada, mas essa partidarização, que acontece quando estamos dividindo
as funções, lá no início das administrações, não pode de forma nenhuma influenciar
no sentido de que as pessoas lá de fora controlem os processos aqui de dentro.
Quem controla os processos aqui dentro é o Regimento, é o Regimento que diz
quem tem prevalência na hora da votação das proposições. Mas quem tem esse
controle é quem recebe as proposições, e quem recebe as proposições é o
Protocolo. Então, eu pediria, Sr. Presidente, que o senhor pedisse a
verificação - e V. Exª está aí junto com o Diretor Legislativo -, junto ao
Protocolo, a respeito do que está acontecendo, porque desse mal nós não podemos
padecer. Essa é uma questão que não poderia acabar desaguando aqui no Plenário.
Essa questão tem de ser resolvida não porque alguém é partidário deste ou
daquele Vereador que está aqui no plenário, mas, sim, porque o Regimento está dizendo
quem tem prevalência sobre o outro.
Então, nesse exato instante, o Ver. Beto Moesch, porque voltou para
o plenário, de repente conseguiu impedir que a proposição, que era do Ver.
Todeschini, fosse votada de forma apartada com relação ao seu Processo. São
dois Processos que correram de maneira distinta e que deveriam, Ver.
Comassetto, estar juntos, eles deveriam estar dentro do mesmo Processo, para
que pudéssemos analisar, de uma forma só, os dois Projetos. Então eu acho que
cabe à Mesa Diretora - é por isso que eu fazia questão que a Mesa Diretora me
ouvisse lá no início - mandar verificar no Protocolo o que está acontecendo,
por que essa proposição acabou vindo para o plenário dessa forma, em Processo
distinto.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON:
Solicito um esclarecimento para a votação. O próprio Requerimento do Ver. Beto
Moesch argumenta que os Projetos não são contraditórios, que são
complementares. Parece-me que a Mesa não tem como acolher um Requerimento de
impedimento de votação, uma vez que eles são complementares e não
contraditórios. Solicito esclarecimento.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Nós estamos em regime de votação, só me permita dizer o seguinte, Verª Sofia,
tento esclarecer antes de submeter à votação: há um Requerimento do Ver. Beto
Moesch alegando que o Processo anterior, um Projeto de Lei de sua autoria,
anterior ao Projeto do Ver. Todeschini, tem um dos artigos de seu Projeto que,
no seu entendimento, é conflitante com o Projeto, conflitante ou complementar.
O autor de um dos Projetos encaminha a matéria - o outro encaminhou - e dá
acordo, também dizendo que concorda que vá à Comissão de Justiça. Então nós
vamos colocar em votação. Aqueles que concordam que a Comissão de Justiça se
manifeste sobre a matéria vote “sim”; aqueles que não concordam votem “não”.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Solicito a palavra para uma Questão de Ordem.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Ver. João Dib, é uma Questão de Ordem? Mas nós estamos em votação, Vereador.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Questão de Ordem, eu vou insistir, Sr. Presidente, ou eu não
sei ler. Eu tenho em mãos o Regimento Interno, janeiro de 2008, art. 94: (Lê.):
“Requerimento é a proposição verbal ou escrita, dirigida por Vereador à Mesa,
sobre matéria de competência da Câmara. § 1º. Será despachado, de plano, pelo
Presidente, o Requerimento solicitado.” Há vários incisos, e a letra “l” diz
(Lê.): “Consulta à Comissão de Justiça, de autoria de Comissão”, mas não fala
no caso de Vereador. O § 3º diz: “Dependerá de deliberação do Plenário, sem
discussão, com encaminhamento de votação nos termos desta Resolução, o
Requerimento que solicitar...” Eu não vejo nenhuma vez que seja proibido.
Eu
vou ter que me render. A letra “i” diz (Lê.): “Consulta à Comissão de Constituição
e Justiça, de autoria do Vereador”. Foi colocada ordem na questão. Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Vossa
Excelência contribuiu por demais.
Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, o Requerimento de autoria do
Ver. Beto Moesch. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o
Requerimento por 22 votos SIM e 01 voto NÃO.
O
SR. LUIZ BRAZ: Vou entregar por escrito a minha Justificativa, mas
quero dizer que o meu voto não é porque não é a Comissão de Justiça que tem que
dizer se devemos ou não cumprir o Regimento, mas porque o Regimento tem que ser
cumprido. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registramos a
visita orientada promovida pelo Memorial da Casa, do nosso querido Jorge.
Estamos recebendo dezesseis estudantes do Projeto Pescar, da PROCEMPA,
acompanhados pelos Professores Flávio Dal Pozzo e Maria de Fátima Kerber.
Bem-vindos à nossa Casa Legislativa. Parabéns, Jorge, pelo trabalho. (Palmas.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Quero fazer um registro, Sr. Presidente. Ontem houve a posse do
Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, e a nossa Taquígrafa Dejanira Chagas
Bernardo foi escolhida como Vice-Presidente do Conselho Estadual dos Direitos
da Mulher. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores,
estão suspensos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões para
apreciação dos Pareceres ao PR nº 016/08 e nº 017/08.
(Suspende-se a Sessão às 15h20min.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 15h35min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
Srs.
Vereadores, retornando à Ordem do Dia, quero informar que, em razão do
Requerimento aprovado por este Plenário, fica retirada da Ordem do Dia a
votação do PLCL nº 012/06, com Substitutivo dos Vereadores Raul Carrion e
Carlos Todeschini, e do PLL nº 007/06, em função de o autor, Ver. Claudio
Sebenelo, não estar neste plenário por razões de interesse pessoal.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1680/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 040/07, de autoria do
Ver. José Ismael Heinen, que altera o inc. II do § 2º do art. 188 da Resolução nº 1.178, 16 de julho de
1992, que aprova o Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, e alterações
posteriores, incluindo, independentemente de requerimento, a convocação de Sessão
Solene na terça-feira da Semana de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82 §1º, II da LOM;
- votação nos termos do art. 126 do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 01-10-07.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
votação o PR nº 040/07. (Pausa.) A Verª Maria Celeste está com a palavra para
encaminhar a votação do PR nº 040/07.
A
SRA. MARIA CELESTE: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
solicitei este tempo de encaminhamento da minha Bancada, do Partido dos
Trabalhadores, para fazer uma defesa da instituição Câmara Municipal.
Quero
aqui resgatar, assim como fiz no período de discussão, todo um trabalho
construído e constituído não só pela Mesa Diretora de 2007, mas especialmente
por uma Comissão de Vereadores de todas as Bancadas, através da qual foi
construída a possibilidade de a Câmara rever todos os seus procedimentos
regimentais, o que possibilitou a redução de homenagens, de comemorações nesta
Casa, a partir do trabalho daquela Comissão. Quero aqui lembrar que o Ver. Luiz
Braz fazia parte da Comissão, também o Ver. Professor Garcia, a Verª Margarete
Moraes, entre outros Vereadores, e o próprio Presidente, Ver. Sebastião Melo.
Foi apresentada a esta Casa uma proposta de dinamização dos nossos trabalhos,
dos nossos Plenários, em relação à grande crítica que esta Instituição sempre
recebeu da imprensa: de que a Câmara Municipal de Porto Alegre se presta
simplesmente para fazer homenagens e dar nomes de ruas na nossa dinâmica
cotidiana.
Não
há nada contra a pessoa e contra o Ver. José Ismael Heinen - todos os
Vereadores têm a possibilidade de apresentar os seus projetos -, mas nós
estamos retrocedendo. Construiu-se durante todo um período, Verª Maria Luiza,
nesta Casa, a possibilidade de otimizarmos nosso tempo, construindo a agilidade
necessária que hoje nós vivenciamos através da mudança do Regimento, que também
foi obra e iniciativa dessa Comissão ao propor que as homenagens, as
comemorações fossem reduzidas. Apresentou-se um Projeto construído por todas as
Lideranças, e nós passamos a ter apenas quatro premiações nesta Casa, para
exatamente otimizar o nosso tempo. Reduzimos várias Sessões Solenes, várias
homenagens de datas comemorativas, exatamente para que os Vereadores tivessem a
oportunidade de ocupar o seu tempo com questões importantes para a Cidade.
Ora,
nada impede que o Ver. José Ismael ou qualquer Vereador proponha a esta Casa
uma Sessão Solene em homenagem à Semana de Porto Alegre, todos nós temos a cota
garantida para isso. Agora, o que nós não podemos, de forma alguma, é
desconstituir o trabalho construído pela Comissão, pela Mesa Diretora de 2007,
pelas Lideranças de 2007, a partir de Projetos que tragam iniciativas como
esta. Hoje é uma Sessão Solene em homenagem à cidade de Porto Alegre, amanhã
voltarão as Sessões Solenes em homenagem aos dias, como o Dia do Imigrante, de
várias etnias na Cidade, importantes, obviamente, mas isso fica restrito à
particularidade do mandato do Vereador.
A
Câmara Municipal tem que se dedicar, sim, a discutir os problemas da Cidade. A
Câmara Municipal tem que discutir e homenagear Porto Alegre, quando fala sobre
a Saúde, quando fala sobre a pesquisa que saiu em relação à Saúde, em que 78%
dos porto-alegrenses consideram que a Saúde piorou e muito na Cidade - este
Governo que está aí tem esse resultado nessa pesquisa. Então, é disso que nós
precisamos tratar, otimizando os nossos plenários, e nada impede que o Ver.
José Ismael Heinen possa homenagear a cidade de Porto Alegre com uma Sessão
Solene. Todos nós temos garantido, na sua particularidade, a possibilidade de
homenagear quem a gente quiser na Cidade, sejam pessoas físicas ou jurídicas,
sejam as instituições e também, quem sabe, a cidade de Porto Alegre no seu
todo, a Prefeitura de Porto Alegre no seu todo. Isso está garantido, porque o
Regimento foi construído a partir de uma dinâmica, qual seja, trazer igualdade
de forma proporcional entre todos os 36 Vereadores.
Portanto,
eu peço uma reflexão de todos nós sobre este Projeto, porque a partir de agora
nós estaremos retrocedendo ou não na dinâmica da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José Ismael Heinen está com a
palavra para encaminhar a votação do PR nº 040/07.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobres
colegas Vereadores, Vereadoras, ouvindo atentamente o encaminhamento da nobre
colega, ex-Presidenta da Câmara Municipal, eu quero dizer que apresentei este
Projeto em abril de 2007, ou seja, antes de vir a proposta da redução das
homenagens da Câmara de Vereadores, que estabeleceu o direito de uma Sessão
Solene para cada Vereador. Mas eu deixei este Projeto correr propositalmente,
pois, nesses quatro anos em que estamos aqui na Câmara, eu percebi, nesses
quatro últimos anos de aniversário da Semana de Porto Alegre, que a Câmara
Municipal não requereu nenhuma homenagem, nenhuma atividade que fosse digna de
nós representarmos a cidade de Porto Alegre, de nós participarmos das
homenagens à nossa Cidade na semana do seu aniversário. Poderíamos fazer
Sessões Solenes em homenagem, fazer Sessões Solenes buscando alguns debates,
alguns simpósios, tudo isso é possível de ser feito na Semana de Porto Alegre.
Até hoje a Câmara se omitiu nas atividades da Semana de Porto Alegre, apenas
participando dos convites do Executivo. Por que os Vereadores, principalmente
agora, quando detêm apenas uma oportunidade, cada um, de fazer uma Sessão
Solene... É uma Sessão Solene de que todos os Vereadores podem participar;
ninguém faz porque não quer queimar a sua única oportunidade de fazer uma
Sessão Solene que interesse, principalmente sob sua óptica, sob sua convicção,
àquela pessoa, àquela entidade que precisa. A homenagem seria de todos.
Justifica-se
plenamente fazer uma Sessão Solene à cidade de Porto Alegre. Quem de nós,
representantes, Vereadores que estão aqui, quem do povo de Porto Alegre não faz
juras de amor à sua Cidade? Mesmo fazendo juras de amor, isso não quer dizer
que não se critiquem certos acontecimentos na Cidade. Critica-se para poder
sanar aquilo que está errado, e a Semana de Porto Alegre não precisa ser
diferente; ela também pode trazer debates, como nós estamos vendo hoje na
Cidade, do Instituto sobre o seu futuro. Nós temos visto que hoje a
Administração Pública está correndo atrás do prejuízo, está na contramão da
história em muitos pontos e também correndo atrás do prejuízo. Temos que fazer
políticas proativas, antevendo o que pode acontecer; não é deixarmos, como
estamos vendo aqui, canos que foram colocados em 1923 na nossa Cidade... Em
1923 enterraram canos e nunca os revisaram nesse tempo todo. Passaram-se 20,
30, 40 anos, e, claro, quando um estoura, ficam 14, 15, 200 mil pessoas sem água
durante dois, três dias. Isso pode até causar um prejuízo à Saúde Pública na
cidade de Porto Alegre.
Não
estamos polemizando, o Plenário é soberano sobre essa votação; se ele achar que
deva aprovar que a Câmara, através de Requerimento da Mesa, faça essa Sessão
Solene para homenagearmos a nossa Cidade, eu acho que a decisão será bem-vinda.
A população de Porto Alegre também, mas principalmente nós, Vereadores, temos
que fazer de tudo para chegarmos aos aniversários da nossa Cidade cantando
nossos “parabéns” a Porto Alegre, que tanto amamos e que temos a obrigação de
servir como Vereadores. Era isso, Sr. Presidente e nobres Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
votação nominal, solicitada pela Verª Sofia Cavedon, o PR nº 040/07. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADO por 04 votos SIM e 16 votos NÃO.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h52min.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 15h56min): Estão reabertos os trabalhos.
Repasso
a seguinte informação: numa reunião rápida com os Líderes, num acordo feito com
todos os Líderes, decidimos fazer uma retificação do Projeto de Resolução da
Verª Neuza Canabarro. Vamos reabrir a discussão do Projeto, dando prazo para o
acordo firmado, o que significa a possibilidade de Emendas.
Passo
à discussão geral e votação do Projeto posterior, e depois retornamos ao
Projeto da Verª Neuza Canabarro.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 8010/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 251/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do
Município de Porto Alegre a Festa de Nossa Senhora do Trabalho, a ser realizada
anualmente, no dia 1º de maio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver.
João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 31-03-08.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
discussão o PLL nº 251/07. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PLL nº 251/07.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero parabenizá-lo,
porque às vezes a execução do Regimento de forma acelerada não permite uma boa
produção política. Portanto, para a questão do Líder e do Vice-Líder, estamos
construindo um outro tempo, acho que isso é importante, pois qualifica o nosso
Parlamento.
O
Projeto do Ver. Nedel, que acabou de entrar, inclui a Festa Nossa Senhora do
Trabalho no Calendário Oficial, é uma forma de registrar esse importante dia, o
Dia do Trabalhador. Eu gostaria de aproveitar e falar sobre esse tema, se V.
Exª me permite, sei que é uma festa religiosa, mas sei também que a minha
igreja, como a sua, é uma igreja que tem um grande compromisso, prioritário,
com os pobres, com os trabalhadores. E a questão dos trabalhadores em Porto
Alegre... Nós estamos vivendo neste momento um debate importante, um debate que
eu gostaria que fosse o mais democrático possível, que é o do conjunto dos
trabalhadores da Saúde, exatamente os trabalhadores que atuam no Programa Saúde
da Família e que vão ter grandes decisões encaminhadas este ano. Que menos
inspiração divina e proteção de Nossa Senhora e muito mais diálogo e capacidade
de preservar os direitos nos permitam fazer uma boa construção. O Projeto do
PSF que entrou nesta Casa há uma semana vai mudar radicalmente a organização
desse Programa na Cidade de Porto Alegre. Esse Programa vinha através de uma
terceirização nesses dezesseis anos, portanto com muita insegurança,
principalmente no último período, para os trabalhadores - alguns foram
demitidos por vinculação sindical, sem muita sustentação legal, com a angústia
de mais de setecentos trabalhadores, e principalmente os usuários viveram no
ano passado uma situação de insegurança.
Com
relação ao Projeto que entrou nesta Casa, Verª Neuza, quero fazer um registro
de que a Comissão de Saúde está encaminhando de forma muito boa, muito
democrática, chamou todos os Sindicatos das categorias para que conheçam a lei
e façam a discussão. Portanto, faz o que o Governo Municipal não fez, antes de
enviar o Projeto para cá, inclusive o próprio Conselho de Saúde não recebeu o
Projeto. É momento de uma mudança grande, para a qual o conjunto da Casa deve
prestar a atenção. Esses trabalhadores passarão a ser trabalhadores do quadro.
Ou nós vamos inaugurar em Porto Alegre os celetistas no serviço público? Uma
questão que foi encerrada positivamente, na minha avaliação, em 1988, com a
Constituição Federal.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o PLL nº 251/07.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 22 votos SIM.
Apregoamos
a Emenda nº 04 ao Processo nº 1076/05, PR nº 063/05. ( Lê) “Fica acrescentada à
redação proposta pelo art. 1º do PR nº 063/05 ao art. 228A do Regimento a
expressão ‘e um Líder e um Vice-Líder da oposição, escolhidos pelas respectivas
Bancadas.’ Justificativa: da Tribuna. Porto Alegre, 09 de abril de 2008. Verª
Margarete Moraes, Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores.”
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1076/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 063/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que acrescenta art.
228-A e altera a redação do § 3º do art. 228 da Resolução n. 1.178, de 16 de
julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao Colégio de Líderes um
Líder e um Vice-Líder do Governo, indicados pelo Executivo Municipal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emendas nºs 01, 02 e 03; Relator Ver. Nilo santos:
pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Subemenda
nº 01 à Emenda nº 03;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Professor Garcia: pela
aprovação da Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto; Relator Ver.
Alceu Brasinha: pela aprovação da Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº
03;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 03; Relator
Ver. Carlos Todeschini: pela rejeição da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03;
- da COSMAM.
Relator Ver. Newton Braga Rosa: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da
Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82 §1º, II da LOM;
- votação nos termos do art. 126 do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 13-03-08;
- retiradas de
tramitação as Emendas nºs 01, 02, 03, e Subemenda nº 01 à Emenda nº 03.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Apregôo Requerimento de autoria da Verª Margarete Moraes, solicitando dispensa
do envio da Emenda nº 04 ao PR nº 063/05 à apreciação das Comissões. Em votação
o Requerimento da Verª Margarete Moraes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento. Portanto,
com o acordo firmado, nós retornamos para a votação - peço a atenção dos Srs.
Vereadores - do Projeto de autoria da Verª Neuza Canabarro.
Em
votação o PR nº 063/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade. As Emendas 01, 02 e 03
foram retiradas.
Em
votação a Emenda n° 04 ao PR nº 063/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O
SR. MARCELO DANÉRIS (Requerimento): Solicito
adiamento de votação do PELO n° 005/02, de minha autoria, por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que requer
adiamento de votação por uma Sessão do PELO nº 005/02. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 6121/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 180/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que dispõe sobre
o direito do idoso a acompanhante nos estabelecimentos de saúde que menciona.
PROC. Nº 0853/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/08, de autoria do Ver. Nilo Santos, que estabelece, aos
mercados e aos hipermercados, prazos máximos para o atendimento de seus
usuários junto aos caixas de pagamento e dá outras providências.
PROC. Nº 1346/08
–PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 036/08, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que denomina Rua
Professora Marcelina Machado o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua S
– Vila Esmeralda –, localizado no bairro Agronomia.
PROC. Nº 1612/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 039/08, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua
Bartolomeu Diel o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua Dois – Rua
Dona Mariana –, localizado no bairro Restinga.
PROC. Nº 2062/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/08, que altera os artigos 1º e 3º da Lei nº 10.024, de 18 de
julho de 2006, com a finalidade de promover a substituição do agente financeiro
que autorizou o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
PROC. Nº 2063/08
–PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/08, que altera os artigos 1º e 3º da Lei nº 10.181, de 03 de
abril de 2007, com a finalidade de promover a substituição do agente financeiro
que autorizou o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de
R$ 35.758.650,00 (trinta e cinco milhões, setecentos e cinqüenta e oito mil,
seiscentos e cinqüenta reais).
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
parece que o problema neste País é fazer leis. Eu acho que uma lei determinando
que todos deveriam ser sérios, responsáveis e honestos, num artigo só,
resolveria tudo. Mas não, nós fazemos leis.
E
o PLL nº 180/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, Vice-Presidente da Casa,
é muito bom. Só que ele está propondo um Projeto de Lei que dispõe sobre o
direito do idoso e do acompanhante nos estabelecimentos de Saúde que menciona.
Realmente, existe lei federal nesse sentido, lei que dispõe sobre o atendimento
do idoso. Aos 60 anos a pessoa é considerada idosa. Eu não considero, mas o
Estatuto do Idoso diz isso. Só que nesse caso ele propõe a medida nos postos de
saúde e hospitais localizados no Município, ele está se dirigindo a hospitais e
postos de saúde do Estado, ao Grupo Hospitalar Conceição e ao Hospital de
Clínicas, que são da União. Eu acho que aí nós não podemos chegar, mas, de
qualquer forma, está colocado. Eu acho que precisa ser analisado.
O
Ver. Nilo Santos, no PLL nº 020/08, estabelece aos mercados e hipermercados
prazo máximo para atendimento de seus usuários junto às caixas de pagamento e
dá outras providências. Eu até não colocaria usuários, eu colocaria clientes,
porque o cliente sempre tem razão para o comerciante, ele não procura atrasar a
vida do cliente. Eu sou cliente de supermercado e gosto muito de ir a
supermercado. Eu acho difícil e até um tanto confuso estabelecer horários.
Muitas vezes vou ao supermercado e compro dois ou três artigos diferentes, mas
outras vezes encho um carrinho, até dois, e vejo gente com três carrinhos. Como
é que eu vou determinar o tempo na fila? O comerciante tem todo o interesse em
atender bem, porque, se não atender bem, o cliente não volta. Então, acho
que não temos que fazer leis nesse sentido, acho que é um exagero essa lei, mas
ela está aí posta, não cabe mesmo. Acho até que a Procuradoria deve ter se
manifestado de forma contrária: “Cabe ressalvar apenas que os conteúdos
normativos dos art. 5º, 6º e 7º do Projeto de Lei, ao atribuírem obrigações ao
Poder Executivo e aos Órgãos Municipais, atrai violação ao princípio da
independência dos Poderes, conforme art. 2º da Lei Orgânica, que diz que os
Poderes são independentes e harmônicos”. Então, realmente, não cabe o Projeto,
até porque o cliente sempre tem razão para o comerciante, acho que não tem
sentido a lei. Em relação à lei para a fila nos bancos, é fácil controlar o
tempo, mas quem vai a supermercado sabe que não pode, pois lá há dez, vinte
caixas, e vou escolher a que tem menos produtos nos carrinhos, é o que faço
sempre.
O Executivo traz dois Projetos de Lei trocando o
agente financeiro Banrisul, num processo já autorizado pela Casa, de dois
milhões de reais, um financiamento, e um outro projeto já autorizado pela Casa,
em que autorizamos um financiamento de 35 milhões e 758 mil reais pelo
Banrisul, que passa ser pela Caixa Econômica Federal pela dificuldade
encontrada na tramitação no Banrisul. Não há por que negar a solicitação do
Executivo Municipal, e cabe, sim, Projeto de Lei; pena que os dois não tenham
vindo num só Projeto de Lei. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo, quero fazer algumas observações em
relação ao PLL nº 180/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que dispõe sobre
o direito do idoso à acompanhante nos estabelecimentos de Saúde que menciona. Eu creio que
isso deveria ser uma função do Poder Público, e nós sabemos de todo aquele
escândalo envolvendo alguns Deputados da Assembléia Legislativa, Deputados que
têm casas-albergue em Porto Alegre para abrigar pessoas que acompanham parentes
enfermos. Acredito que, sobretudo, as pessoas da terceira idade deveriam ter
esse direito como oficial, como uma casa de acolhimento da própria instituição
de saúde.
Cumprimento o meu querido companheiro e amigo Ver.
Carlos Todeschini, porque ele apresenta um Projeto de Lei que denomina Rua
Professora Marcelina Machado um logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua
F, na Vila Esmeralda, no bairro Agronomia. E o Ver. Todeschini conheceu, de
perto, a Professora Marcelina Machado, que chegou naquela comunidade da Vila
Esmeralda nos anos 80, trabalhou com as séries iniciais da Escola La Salle
Esmeralda e teve um grande destaque como alfabetizadora. Sempre trabalhando com
a ação pedagógica humana, social, enxergando o aluno como um todo, não apenas o
aluno como um possível aprendiz, não como aquele aluno que, antigamente, só
decorava, mas como um aluno que tem consciência da sua realidade, que quer
aprender, que tem alegria em aprender, que olha para o lado. Além de professora,
ela teve como missão formar homens e mulheres conscientes da nossa realidade,
sobretudo com o desejo de transformação, incutir nas crianças a sua consciência
humana, a sua condição humana e a luta por um mundo de justiça social, um mundo
humano e solidário.
Dizem que esta Casa só dá nomes de ruas e presta
homenagens, e eu acho que os nomes de ruas são uma função, Ver. Todeschini, da
nossa Casa, porque ninguém gosta de morar na Rua A ou na Rua B, como acontece
lá no Campo da Tuca, onde as ruas não têm denominação; as pessoas querem ter a
sua identidade elevada, tendo um nome para a rua. E, se for o nome de uma
professora como a Srª Marcelina Machado, que a vida toda trabalhou lá naquela
comunidade, profundamente entranhada, dedicada, identificada com aquela comunidade,
as pessoas terão muito orgulho de morar nessa rua, porque, ao mesmo tempo,
estarão homenageando a sua mestra maior. Parabéns,
Ver. Carlos Todeschini, pelo seu Projeto, que confere o nome da Professora
Marcelina Machado lá na Rua S, da Vila Esmeralda, localizado no bairro Agronomia.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Margarete, eu quero concordar com V.
Exª de que precisamos de fato dar nomes significativos. E acrescento um
elemento: ontem, na Comissão de Educação, tivemos a visita da representante da
comunidade da Vila Orfanotrófio, trazendo três Projetos aqui desta Casa que
denominam nomes de ruas, dizendo que a comunidade não concorda porque não foi
consultada. Nós temos dado parecer contrário - nós temos discutindo isso, V.
Exª e eu - a todos os Projetos que chegam aqui sem abaixo-assinado, mesmo sendo
legal e regimental, como diz o Ver. João Dib.
A SRA. MARGARETE MORAES: Mesmo não
sendo substituição de nome.
A Srª Sofia Cavedon: Exatamente.
A SRA. MARGARETE MORAES: É mais democrático, V. Exª tem razão, porque a comunidade se sente
identificada com aquela personalidade, sente-se valorizada, e, ao mesmo tempo,
é um serviço de memória, como o Ver. Carlos Todeschini e tantos outros que
colocam nomes de ruas fazem, dizendo quem é aquela pessoa, o que ela fez pela
comunidade, qual o significado da sua vida em favor dos seus companheiros,
companheiras, vizinhos e vizinhas. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadoras e colegas Vereadores, senhoras
e senhores, quero tratar aqui de dois Projetos que estão em Pauta, são Projetos
de origem do Executivo que já analisamos nesta Casa, já tratamos, já discutimos
e já aprovamos. Um é de 2006, e outro de 2007, eles novamente retornam a esta
Casa por uma incompetência administrativa do Governo do Estado - sim, senhor,
Ver. João Dib - na relação com o Município de Porto Alegre. Justifico aqui,
porque esses dois Projetos autorizam o Município a receber o montante de 37
milhões para investir no saneamento básico da Cidade. Ouçam o que diz o
Prefeito na Mensagem que veio a esta Casa (Lê.): “Como os recursos ainda não
foram liberados, em função da demora na tramitação interna do agente financeiro
Banrisul, foi solicitada à Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério das
Cidades do Governo Federal, a troca do agente financeiro para a Caixa Econômica
Federal, o que foi autorizado”.
O Ver. José Ismael Heinen vem a esta tribuna
diariamente acusar o Governo Federal, dizendo que ele é incompetente, que não
tem capacidade de gestão, que engana a população. Eu quero que o Ver. José
Ismael Heinen venha a esta tribuna dizer por que o Banrisul, que é governado
pela Governadora Yeda Crusius e pelo Vice Paulo Feijó, que é do seu Partido,
não liberou esse recurso, não acelerou o processo. O Prefeito está dizendo
isso, a assinatura é do Prefeito. E, como os recursos ainda não foram
liberados, em função da demora na tramitação interna do agente financeiro
Banrisul, eu sugiro que a Câmara aprove para pegar esse dinheiro, que já está
acordado com o Governo Federal, Ministério das Cidades, através da Caixa
Econômica Federal. Venha aqui dizer que não, Ver. João Antonio Dib, V. Exª
sempre faz as defesas em cima disso. Essa é a incompetência do atual Governo do
Estado! Quem é o prejudicado com isso? A população. E nós aqui podemos rever
uma, duas, três vezes. Diga-se de passagem que todos os projetos de vulto de
financiamento do Executivo já vieram, no mínimo, duas vezes a esta Casa para
que votássemos.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Carlos Comassetto. Eu só
quero contribuir com a sua manifestação, corroborando na mesma direção. Quero
dizer que os Vereadores que lêem a Revista Veja não têm outra coisa a dizer a
não ser reproduzir os equívocos reacionários que vêm desde a ditadura militar,
desde os interesses das elites, que sistematicamente só querem atacar o Governo
Lula, e eles estão sempre profundamente equivocados.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?
O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João
Antonio Dib, dou-lhe um aparte, mas, antes disso, veja bem: o Ministro das
Cidades é o excelente Ministro Márcio Fortes, do seu Partido, que compõe a base
aliada do Governo Lula. Tenha a bondade, Ver. João Antonio Dib.
O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver.
Carlos Comassetto, eu realmente tenho feito críticas ao PT e as farei quando
for necessário. Agora, sou obrigado a reconhecer que a Caixa Econômica Federal
atua melhor do que o Banrisul, e não estou dizendo nada de novo, isso é verdade,
tem mais recursos, tem mais facilidades. Por isso, quando eu comentei, disse
que nós deveríamos aprovar com tranqüilidade, porque os recursos são
interessantes para a Cidade.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Trinta e sete
milhões, setecentos e cinqüenta e oito
mil e seiscentos e cinqüenta reais, que foram aprovados nesta Casa.
O
Sr. João Antonio Dib: Que deveriam estar num processo só.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Em
2006 e 2007, portanto, dois anos depois, com os Projetos voltando a esta Casa.
E os recursos todos já aprovados pelo Governo Federal. Inclusive, a vinda do
Presidente Lula no último dia 15 foi para liberar mais recursos para o
Município. Diga-se de passagem, recursos esses que os Projetos do Executivo, do
DEP, não discutem com a devida transparência com as comunidades envolvidas,
porque lá na região da Ponta Grossa, na região da Restinga, onde está sendo
discutida e implementada a primeira parte do Programa Socioambiental, a
discussão não está acontecendo como deveria ser. E eu desafio qualquer Vereador
da base aliada a nos dizer de que maneira as comunidades irregulares estão
sendo contempladas no saneamento básico em relação a esse recurso do Governo
Federal, recurso que já chegou em Porto Alegre, em torno de 600 milhões de
reais. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito
ao Ver. Carlos Todeschini que assuma a presidência dos trabalhos.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
(O
Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, sou dos que consideram este espaço de discussão preliminar de Pauta
muito importante no nosso trabalho, porque tomamos contato com o Projeto quando
entra na Casa, fazendo uma discussão sem votação. Portanto, podemos melhorar os
projetos, modificá-los, às vezes fortemente com substitutivos, e, às vezes, uma
critica mais contundente, bem embasada, faz com que o autor retire o projeto.
Mas considero a maioria dos projetos de boa qualidade.
Há dois
Projetos interessantes, embora, como já comentou o Ver. João Antonio Dib, com
uma certa dificuldade de implementação. Um, na área médica, de autoria do Ver.
Claudio Sebenelo, que autoriza que os idosos tenham direito ao atendimento
médico acompanhado de alguém, de algum familiar, alguém de sua relação de
amizade. Eu concordo com o mérito, mas acho interessante que isso precise ser
lei, Ver. Comassetto, que isso não esteja na sensibilidade do próprio médico.
Quando ele vê uma pessoa da terceira idade que precisa ter acompanhamento, não
permitir que entre alguém acompanhando essa pessoa... Uma coisa como essa virar
lei me causa espanto! E ainda vem de um Vereador que é médico e que, portanto,
conhece os seus colegas! Ver. Goulart, V. Exª está aqui no plenário, parece-me
que deveria haver sensibilidade dos seus colegas, eles deveriam deixar que
alguém acompanhasse o idoso na sala de atendimento. Mas é uma proposta de lei
do Ver. Sebenelo, que eu acho que não seria necessária, embora concorde com o
mérito. Mas será que é preciso uma lei para isso? E quem vai fiscalizar? É
complicado!
O
Projeto do Ver. Nilo Santos tem mérito, é interessante, estabelece prazo máximo
de atendimento nos caixas de supermercados e de shopping centers.
O Projeto é semelhante ao que nós já temos em relação aos bancos. Como esse já
está funcionando, e a SMIC resolveu fazer fiscalização, pode também funcionar
nos grandes estabelecimentos comerciais.
Quero
também abordar os dois Projetos do Executivo que o Ver. Comassetto há pouco
discutiu, em que o Executivo pede para trocar o agente financeiro - Projeto já
aprovado por esta Câmara, portanto é lei -, passa do Banrisul para a Caixa
Econômica Federal. E eu quero aqui lembrar, Ver. Comassetto, além do aspecto já
abordado por V. Exª, que, graças a um ex-Governador chamado Olívio de Oliveira
Dutra, o Banrisul continua banco estatal, porque, na segunda campanha do
ex-Governador Antônio Britto, o Banrisul já estava listado para a venda, assim
como a Corsan, assim como o restante da CEEE. Isso foi assumido, em 1998, no
programa de Governo do candidato Antônio Britto. Agora, todos aqueles que
defendiam a venda ficam felizes que o Banrisul tenha dado lucro. Mais felizes
ficamos nós, do PT e da Frente Popular, à época, porque dizíamos que não
precisava vender o banco, ao contrário, que o banco poderia servir. Agora ele
dá lucro, mas está muito mal administrado pela Governadora Yeda, porque uma lei
tem um ano, a outra tem dois anos, e o banco não consegue abrir o financiamento
para a Capital, dito pelo Prefeito, que é, como a gente sabe, aliado político
da Governadora Yeda.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, o Ver.
Comassetto diz que eu critico o PT, mas V. Exª está falando em privatização de
banco, e o Banco de Pernambuco, que foi privatizado pela Administração Lula?
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Não
sei dessa informação! Nenhum banco foi privatizado pelo Governo Federal. Pode
ser que eu esteja errado, mas não foi. E, se tivesse sido, Ver. Dib, talvez já
houvesse um processo encaminhado e não havia como revertê-lo. Houve muitas
situações assim: nós pegamos empresas privatizadas cujo processo não dava para
reverter. Agora, falavam, por exemplo, que o Banco de Santa Catarina seria
privatizado... Não, quem o absorveu foi o Banco do Brasil! O Banco do Brasil
absorveu o Banco de Santa Catarina! Mas vou atrás dessa informação para saber.
De
qualquer forma, em relação ao Banrisul, aqui no Estado, foi um Governador
chamado Olívio Dutra que felizmente ganhou a segunda eleição, ganhou do seu
oponente, Antônio Britto, e não privatizou nada. Hoje o Banrisul passa a ser um
orgulho para todos os gaúchos, dando lucro, felizmente! Agora, a Administração
atual está mal, porque nem um financiamento consegue ser passado para a
Prefeitura de Porto Alegre - palavras do Prefeito José Fogaça, que, repito, é
aliado da Governadora Yeda Crusius. Muito obrigado, desculpe-me por não ter
dado tempo para um novo aparte.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Solicito
ao Ver. Ervino Besson que assuma a presidência para que este Vereador possa
fazer a sua manifestação.
(O
Ver. Ervino Besson reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado,
Ver. Ervino, que neste momento preside os trabalhos; Verª Margarete, nossa
Líder; Ver. Comassetto, nosso Vice-Líder; Vereadores presentes, é com
satisfação que estamos aqui para manifestar os motivos da escolha da troca do
nome da Rua S, na Vila Esmeralda, para Rua Professora Marcelina Machado. A
Professora Marcelina foi professora na Escola La Salle e teve uma profunda
inteiração com aquela comunidade; foi da comunidade e de seus familiares que
veio essa sugestão, de que a Professora fosse homenageada pela dedicação que
teve à Escola, à vida. E a vida daquela Escola La Salle, na Vila Esmeralda, na
Lomba do Pinheiro, que é dentro de uma Vila, tem um profundo enraizamento, uma
articulação invejável junto a todos os membros de sua comunidade. Por isso,
sentimos orgulho em apresentar este Projeto denominando a Rua S, na Vila
Esmeralda, como Rua Professora Marcelina Machado, considerando um legítimo
desejo daquela comunidade.
É
importante fazer a referência aqui, como foi mencionado anteriormente, que,
para algumas ruas, nós temos aprovado o nome ou a mudança de nome sem o
consentimento e sem a ciência dos moradores, algo que nos deixa, muitas vezes,
preocupados. Diferentemente, aqui está o abaixo-assinado, bastante extenso, dos
moradores daquela rua que querem que ela tenha o nome de Marcelina Machado.
Então, é importante nomear, é importante destacar com nomes de pessoas que são
referência, Verª Margarete.
Agora,
não pode ocorrer, como muitas vezes acontece aqui, de virem nomes para destacar
familiares de Vereadores ou de alguns agentes de interesse político sem o
consentimento da comunidade. Se tiver o consentimento da comunidade, dos moradores,
muito bem, estão cumpridos o Regimento e a regra. Agora, quando contraria a
vontade popular... Uma pessoa me procurou há algum tempo e me disse que a sua
rua teve o nome mudado sem ninguém saber: o Correio não tinha o domínio, a
Polícia não sabia da mudança do nome, e - o mais grave - o SAMU não conseguiu
chegar lá, porque não conhecia a rua, Ver. Comassetto. Isso aconteceu, e atinge
a todos nós. Inclusive o pessoal está pedindo um processo para desfazer essa
medida. Nós aqui votamos sempre na boa-fé, com base nas informações que aqui
chegam.
Também
quero fazer uma menção a essa mudança que o Governo propõe, Ver. Comassetto,
dos agentes de financiamento dos programas governamentais em Porto Alegre; o
DEP, em especial, pede para sair do Banrisul e ir para a Caixa Econômica
Federal. E nós tivemos, na última quinta-feira passada - oito dias amanhã -, a
presença do nosso querido Presidente Lula, que veio aqui anunciar o
investimento de 500 milhões de reais na cidade de Porto Alegre. Vejam bem os
senhores presentes, público que nos assiste: 500 milhões de reais. É dinheiro
nunca antes tido, dinheiro que nunca tinha chegado, nessas proporções, para a
cidade de Porto Alegre. Diferentemente daqueles que vêm, com base na Revista
Veja, falar do Governo que o Lula faz. Ao contrário do que dizem as aves
agourentas de alguns setores da mídia, o Lula está fazendo um Governo
invejável, com mais de 70% de aprovação dos brasileiros, trazendo o
desenvolvimento, inclusão social, Educação, saneamento; algo que estava esquecido,
algo que não existia. Também diferente do nosso Prefeito, que ainda que vá lá
timidamente receber os recursos, acanhadamente, não consegue, depois, fazer as
obras; ou diferente da nossa Governadora, que ainda não se encontrou com o Rio
Grande, uma vez que mais da metade dos gaúchos desaprovam o seu Governo. Então,
vejam, nós vivemos uma situação de felicidade, de alegria e de um momento
diferente.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Todeschini, os jornais mostraram a Governadora muito feliz por
inaugurar 3,5 km de uma estrada. Obrigado.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Vejam só, enquanto isso a Av. Baltazar
está parada, e o Estado anda muito lentamente. Então, nós temos uma situação
muito boa, uma situação diferenciada que é comemorada por todos os brasileiros.
Viva o Lula, viva o Brasil e viva o povo de Porto Alegre! Um abraço a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Carlos Todeschini, que
neste momento assume a presidência dos trabalhos.
(O
Ver. Carlos Todeschini reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Este Vereador era o último inscrito para
discutir a Pauta, assim nós concluímos os trabalhos do dia de hoje. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 16h41min.)
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* * * *